sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Meu para sempre

Estou meio desesperada. Eu vejo o tumblr, cheio de histórias de amor, cenas fofas e um mundo onde o amor é incondicional. Todos são apaixonados, todos são educados e gentis com todos... Pessoas de caráter. Pessoas bonitas. É triste saber que esse mundo ideal para mim é um conto de fadas e não passa de uma ilusão.
Isso tudo é exclusivo da internet e não vejo nada parecido nu mundo real. Então eu penso: na internet - mais especificamente, no tumblr - ninguém é o que aparenta ser. Isso é um fato. Na vida real as pessoas são normais.
Não tenho muito receio em dizer que tenho inveja das pessoas que têm um pouco dessa realidade linda. Posso ver um exemplo muito lindo e fofo ao meu lado. Eles não têm noção de como eu quero o que eles têm. Eles são felizes. Um tem ao outro e eu daria tudo para ter alguém. Amar novamente. Sentir algo por alguém que nem a ciência consegue explicar. AMOR! AMOR! AMOR! EU QUERO! EU QUERO! EU QUERO!
Fico imaginando se a plena felicidade existe mesmo. Se uma pessoa pode dizer: eu sou feliz! Acho que se eu encontrar a minha alma gêmea vou chegar bem perto da felicidade, pois sei que quando se ama alguém e esse alguém também nos ama, o sentimento é incrível. Não se precisa de mais nada no mundo e ficamos viciados. Um no outro. Querendo mais e mais a cada segundo. Eu quero isso para mim. O problema é que eu tenho mais de duas opções. Posso - sem querer me gabar - "escolher" com quem ficar. Isso é um saco, de vez enquando.
Não quero que pensem que sou exigente ou que me acho, mas nenhum dos meninos que gostam de mim é o certo. Nenhum é "ele". Eu quero ele! Procuro ele! Meu príncipe encantado. Meu herói. Meu lindo e querido menino. Aquele que me faz rir das coisas mais bobas. É aquele que gosta de estar comigo e que me deixa feliz quando estou triste.
Eu quero alguém assim. Ele! O único que eu quero.
Minha amiga hoje me deu um conselho. Disse que eu só vou acha-lo quando menos estiver esperando. Se isso for verdade... Vai demorar um pouco até isso acontecer, eu acho.
Enfim... Ele é o úNico que eu quero!
Para mim!
Meu...
Meu...
Para sempre...

Crepúsculo de baunilha

Eu sinto falta dos seus braços ao meu redor. Eu mandaria um cartão postal a você, querido, porque eu gostaria que você estivesse aqui.
Eu vejo a noite tornar-se azul claro, mas não é a mesma coisa sem você pois precisa-se de dois para se sussurrar baixinho. O silêncio não é tão ruim até eu olhar para as minhas mãos e me sentir triste, pois os espaços entre os meus dedos são bem onde os seus se encaixam perfeitamente.
Eu vou achar repouso em novos caminhos. Acho que não dormi por dois dias,  pois a fria nostalgia me arrepia até os ossos.
Mas nesse Crepúsculo de baunilia eu vou sentar na varanda a noite inteira, perdida profundamente em pensamentos porque quando penso em você eu não me sinto tão sozinha.
E quando eu olhar para as estrelas vou pensar em você, nessa noite.
Enquanto as violetas ficam mais silenciosas e as estrelas ficam mais brilhantes eu provarei o céu e me sentirei viva denovo. Eu esquecerei o mundo que conheço, mas prometo que não esquecerei você, e se minhas palavras pudessem voltar ao passado eu sussurraria em seu ouvido: querido, eu gostaria que você estivesse aqui.

Traduçào da música Vanilla Twilight do grupo Owl City feita por mim...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sonho de garota

Eu estava deitada na cama, olhando para o teto, com os fones de ouvido plugados no mp3. Aumentei o volume. Queria desesperadamente parar de pensar nele. Mas pensando bem, a música que eu ouvia não me ajudava a esquecê-lo. Eu precisava me distrair. Juntei todas as minhas forças, tentando não levantar e pegar o meu celular sobre a escrivaninha. Queria muito ouvir sua voz novamente. Queria ficar olhando para ele o dia inteiro, a noite inteira. Mas ele não era meu. Nem sequer olhava para mim.
Senti uma lágrima correr em meu rosto. Eu pude perceber que estava tremendo quando sentei-me na cama, livrando-me dos fones. Respirei fundo duas vezes, peguei meu casaco, saí porta afora.
Não queria pensar sobre o que diria a ele porque acabaria mudando de ideia e dando meia volta. "Tudo bem se eu parecer uma idiota desesperada parada do lado de fora da porta de entrada." pensei. Pelo menos ele ia saber a verdade. Ia saber o que se passa na minha cabeça o dia e a noite inteira, nos meus sonhos.
No meio do caminho, as lágrimas corriam soltas e eu sentia um aperto no peito insuportável. Queria acabar logo com isso e voltar para a minha cama quentinha. Chorar como um bebê em uma hora dessas não ajudaria em nada.
Eu estava tão nervosa que parei no meio do caminho e sentei-me em um dos bancos da praça. Fazia-me a mesma pergunta o temp inteiro: "tem certeza de que vai fazer isso, Tereza?". Os minutos foram passando assim como a noite se aproximando. Eu, antes tão determinada a falar com ele, cara a cara, agora parecia uma criança com medo. Uma brisa gelada de repente soprou e meus cabelos negros dançaram, voando com o vento. Eu me sentia uma aberração. Sentada ali, sozinha na praça mal iluminada pela réstia de Sol que ainda sobrara do dia. Começei a chorar sem parar. Soluços cada vez mais fortes me inundavam o peito e um nó gigante se formou em minha garganta. E então, fui surpreendida por uma voz masculina vindo de trás de mim.
—Tereza? É você? O que aconteceu? Por que está sozinha aqui?
Thomas? Era Thomas? Sim. Era ele.
Tentei rapidamente me recompor. Enxuguei as lágrimas com a manga da camiseta, mas ele ja havia me visto chorando.
—Thomas? — perguntei.
—Tereza. Por que está chorando? — ele parecia preocupado.
—Deixa pra lá. Eu... — não consegui terminar a frase.
Ele ficou me olhando com aqueles olhos azuis, esperando uma explicação para o choro.
—Eu estou aqui para te dizer umas coisas. - consegui dizer, olhando para o chão.
—Aqui? Mas... Minha casa é para lá. — ele apontou para a sua rua, a alguns quarteirões dali.
—Eu... Desculpa, Thomas! — fui covarde. Virei as costas e corri. O mais rápido que pude para qualquer lugar. Longe dali.
— Tereza! Eu amo você! — gritou ele. Aquilo foi demais pra mim. Eu parei, incrédula. Eu ouvi certo? Ele disse que me amava? Quando pude perceber, ele me tomou nos braços e, delicadamente, me beijou. Não tenho palavras para descrever o que senti nesse momento. Talvez felicidade... Pura e sólida. Eu irradiava felicidade por todos os poros do meu corpo. Eu não queria largá-lo. Achei que se o soltasse ele iria embora e me deixaria sozinha ali, e eu voltaria ao meu mundo solitário.
E então... Simplesmente... Acordei!
Fora tudo um sonho? Um maldito sonho? Me desfiz em lágrimas. Ouvi então o toque de mensagens do meu celular.
Abri a mensagem e li:

De: Thomas
Para: Tereza

"Bom dia, meu anjo!"

FIM