sábado, 22 de dezembro de 2012

Drama?

A semana que se passou foi comum, mas incomum. As aulas terminaram, o que foi ótimo e horrível ao mesmo tempo, porque eu não vou mais ver o Gabi cinco dias por semana. Eu to extremamente sentimental e, digamos, observadora. Hoje alguém muito importante pra mim reclamou que eu estava escorada em um canto com uma cara triste. Eu pensei: "Puxa, ela não se importa se eu to triste ou não? Só pensa o quão desconfortável é pra ela me ver assim?"
Com tudo o que eu estou sentindo nessa semana, isso me deixou pior do que eu já estava.
Eis o que me deixou triste:
Eu sou um ser humano. Sim, um pequeno e jovem, mas apesar disso, eu tenho sentimentos como qualquer outro. E podem ser sentimentos incrivelmente intensos, assim como os sentimentos de um adulto. mas não é isso que me deixou triste. É que, assim como qualquer outro ser humano, eu tenho saudades de quem eu amo, e não é qualquer saudades do tipo de estar olhando as fotos do mês passado e pensar "ah, como eu gostaria de ver aquela pessoa". É do tipo de estar trancada no banheiro, sentada de costas para a porta com o celular na mão esperando mensagens ou qualquer tipo de sinal de vida, gritando por dentro algo indecifrável enquanto lágrimas escorrem.
Drama? Eu diria que não, mas quem sou eu para achar alguma coisa? Quem olha de fora, certamente, enxerga uma adolescente desprovida de experiência se derramando de saudades do namorado porque ficou quatro dias sem vê-lo. Soa uma bobagem, não? É, mas não pra quem sente!
Algumas pessoas já tiveram sonhos horríveis com a pessoa que amavam e sentiram que aquilo realmente tinha acontecido. É um sentimento inexplicável. Como se nunca tivéssemos acordado, e a sensação de que, o que quer que tenha acontecido de terrível no sonho, ainda paira no ar, como uma fumaça tóxica que mata aos poucos. No meu caso, é coração partido. Ele me deixou no momento em que eu mais precisava do seu carinho, do seu toque.
Duas vezes, acordei chorando, aliviada e com medo.
Mesmo sabendo que o sonho terminou, a sensação de que ele não me quer insiste em bater na minha porta e me atormentar a cada minuto em que penso nele.
E realmente dói. Não é aquela dor que a gente diz pra dizer que estamos magoados e tal. É uma dor verdadeira e física. Eu sinto meu peito se contraindo e minha vista embaçando. Meu coração, literalmente, dói sem ele.
Mas enfim. Pedi à minha mãe para vê-lo amanhã (ou hoje, pois já é uma da manhã). Fiquei feliz. Muito feliz, até ela dizer pra mim não fazer o que eu estou mais precisando fazer. Passar um tempo com ele, perdida em um abraço forte e carinhoso. Como pessoas que se amam fazem. Como ela já fez e ficou transbordantemente feliz. Eu estou triste por causa disso. Porque além do tempo, espaço e circunstância terem me poupado de ficar com quem mais me faz feliz no mundo, minha mãe simplesmente me tirou a esperança de poder tocá-lo e senti-lo novamente, transformando meu futuro momento feliz em tortura.
É assim que eu me sinto durante a semana do Natal. Apesar de termos todos sobrevivido ao dia 21 de dezembro de 2012, sinto como se o mundo tivesse acabado para mim.
Parece drama, não é?