segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Voltando para casa

E eu saí de casa em apenas 5 segundos... Bem, eu saí do apartamento em 5 segundos, mas chegar até a praça me tomou 3 minutos. Em suma, cinco minutos depois eu estava na rua. Sem carro, sem bicicleta, apena um par de pernas e uma bolsa atravessada pelo meu corpo. O que havia na bolsa? Chaves, carteira com dinheiro, celular e um livro. Qual livro? Looking for Alaska. Mas por que eu carregava um livro na bolsa? Bueníssima pergunta. Na verdade, pensando melhor, do mesmo modo que carregava meu iPod Nano no pulso, encaixado na pulseira de plástico para que se transformasse em relógio. Antes que outra pergunta surja, eu nem lia nem escutava música em nenhum lugar que não fosse a minha casa ou a escola, e eu definitivamente não estava indo para a escola. Talvez eu só gostasse de levar sempre comigo as duas coisas que eu considero parte fundamental da minha identidade, que são música e livros, mas o livro, quando me pego pensando que é desnecessário dentro da bolsa, me contento com a desculpa de apenas "aumentar o volume."
Acabei que fiz uma confusão de tempos verbais agora. Usei o pretérito perfeito, imperfeito, futuro do pretérito(?), presente e algum futuro de alguma coisa. Ótima redatora, não sou? Haha.
Mas eu estava na rua.
E, por Deus, o que eu estava fazendo na rua em uma hora como aquela?
Não, eu não estava indo até ele.
Não, eu não ia fugir de casa.
Não, eu não sabia para onde estava indo.
Mas eu fui.
E cheguei.
Mas ei, aonde eu cheguei??
Bem, eu poderia ter ido a vários lugares. Poderia ter sido a livraria do centro, a casa dos meus avós, a casa de alguma amiga, a academia... Mas eu simplesmente cheguei...
Exatamente no mesmo lugar.
Eu queria ir a algum lugar, caminhar para onde meus pés e meu coração me levassem, e achei que eu terminaria em algum lugar menos... familiar. Mas eu estava em casa. Meus pés me trouxeram de volta para casa, mas eu já não era a mesma. E sabe por quê? Porque eu entendia agora que a minha casa é o melhor lugar para se voltar e para se estar.
Eu amo a minha casa, e não é apenas o meu apartamento onde eu moro. Eu amo a minha vida. Eu amo o que tenho e quem sou, porque essa é a minha verdadeira casa. E se eu não amar a minha casa, quem é que vai amar por mim?
Sou meu próprio Lar, Doce Lar.

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