domingo, 18 de dezembro de 2011

O sonho mais comprido (e legal) que eu já sonhei

1ª parte do sonho-
Meu sonho começou em um ringue de patinação. Tinham várias pessoas lá, mas só me lembro de apenas duas: Gabriela Fidelis e Lucas Köche. A Gabi estava bem faceira andando de patins, mas o Lucas veio atrás de mim e roubou meu patins. Eu derrubei ele no chão e peguei meus patins de volta.
2ª parte do sonho-
O cenário então mudou completamente. Eu estava em uma trilha no meio de uma floresta junto com o que pareciam ser seis pessoas. Me lembro que a Dudinha estava lá. Tinha um garoto que me chamou particularmente a atenção. Eu não o conhecia, mas gostava dele. Ele tinha cabelos loiros escuros, alto, olhos lindos e um sorriso maravilhoso.
Eu observava tudo, como se fosse um filme passando defronte meus olhos, mas eu podia me ver. Eu me via no sonho.
Esse garoto me chamou e me mostrou uma coisa. Uma bola de pedra polida perfeitamente. A pedra tinha o tamanho de uma maçã e era de um verde fraco. Podia-se ver camadas na pedra, cada uma com um tom de verde diferente. Então, sem explicação nenhuma, entendi que aquela pedra era a fonte dos nossos poderes. Cada um dos seis ali tinha uma pedra como aquela. A minha era azul. Nossa energia poderosa era o Lúmen. Quando quiséssemos usar essa energia, era só repeli-la para fora do corpo e quando isso acontecia, algumas bolinhas luminosas flutuavam ao nosso redor. Não eram bem bolinhas, mas algo como um arco com uma bolinha dentro.
De brincadeira, peguei a pedra do garoto e a joguei-a pelo caminho de pedra a baixo com uma força incrível. Ele começou a correr com uma velocidade igualmente incrível. Pegou a pedra na mão e voltou com a mesma velocidade.
Repetimos isso duas vezes, até que a Dudinha me chamou. Disse que precisávamos ir. Chamei o garoto que eu não sabia o nome... Vou chamá-lo de John.
3ª parte do sonho-
Seguimos pela trilha do lado oposto ao do caminho de pedra, por um caminhozinho no meio da floresta. Chegamos a uma casinha pequena abandonada quase escondida pela mata. Era feita de concreto e estava bastante empoeirada por dentro. Entramos na casa e a vasculhamos a procura de algo que eu não sabia o que.
Vi que nos fundos da casa havia uma porta aberta e fui ver se havia alguma coisa ali. Haviam pessoas, mas fiquei com medo delas. Eram nossos supostos inimigos. Identifiquei imediatamente duas pessoas: o Nícolas Prudêncio e o Daniel, meu professor de história. Voltei correndo para o interior da casa e me vi sozinha. Entrei um um aposento que tinha tamanho de banheiro só que estava vazio e me escondi atrás da porta (algo bem ingênuo).
Eu achei que iria acordar. Senti aquela sensação de final de sonho, quando você sabe que se abrir os olhos vai acordar, mas lutei contra aquela sensação e usei para enfrentar meu medo. Manipulei meu sonho e, assim do nada, criei uma situação. Uma parte do meu Lúmem era guardado em um saquinho azul cheio de bolinhas azuis foscas dentro. Peguei esse saquinho do meu bolso e joguei nas pessoas. O impacto criou uma explosão. O que aconteceu depois foi algo meio assustador. No meio da explosão consegui ver o Nícolas e o Daniel sorrirem maleficamente enquanto eram queimados vivos. Isso me assustou.
4ª parte do sonho-
Voltei correndo para onde estávamos antes de irmos para a casa. Encontrei o meu pessoal. Éramos um grupo. Cheguei aflita e arfando. Perguntando se todos estavam bem. Graças a Deus, todos estavam. Nosso próximo passo era nos reencontrarmos com a Colônia no campo, depois do caminho de pedra.
Não entendi muito bem o que John decidiu fazer. O que eu entendi foi que ele ia se separar do grupo poque precisava encontrar o grupo inimigo e destruí-lo. Quando me dei conta de que ele ia embora, que íamos nos separar, entrei em pânico. Meu coração disparou e uma vontade de agarrá-lo pelo braço e nunca mais soltá-lo me dominou. Eu não queria que ele fosse embora. Eu já estava sentindo saudades. Eu acho que foi aí que descobri que o amava.
Não pude me despedir. Tomamos o caminho de pedra e caminhamos bastante pelos campos e colinas a céu aberto até a Colônia.
Chegamos lá era quase noite. Nos encontramos com o resto do nosso "povo" e fomos falar com o que parecia ser o chamã. Ele nos mostrou o livro do Céu, do Inferno e do Purgatório. Não fazia sentido, mas esse livro falava das lições de vida que eram de Deus, do Diabo e as do Purgatório, que eram as que não se sabia se era de um ou de outro. Uma parte do nosso território era um campo cercado cheio de barracas e dentro de cada barraca tinha uma lição de vida. Não estavam escritas, mas quando se entrava na barraca se sabia qual a lição de vida estava na barraca.
Entrei um uma barraca do Céu e vi um tipo de espelho a qual tinha a imagem de uma mulher prateada. Perguntei à mulher se as lições do purgatório eram do Diabo. Ela disse que eram de Deus, e sorriu para mim. Perguntei então se John iria voltar, e a mulher disse:
- O mais cedo possível.
5ª parte do sonho-
Acho que era no outro dia de manhã quando eu e a Dudinha estávamos descendo uma lomba de bicicleta e fizemos uma curva até entrarmos em uma construção que parecia ser uma caixa d'água, mas era um  estacionamento. Subimos a lomba do prédio e descemos a toda com as bicicletas. Quando saímos, um garoto e uma garota do nosso grupo nos esperavam e queriam falar com a gente.
- Temos problemas - disse um deles.
Eu soube naquela hora que havia algo errado com John. Eu precisava ir atrás dele, ninguém ia me impedir.

Foi aí que eu acordei. Aquele sentimento de saudade com pânico com necessidade de encontrar John ainda estava em mim e ainda está até agora. É muita loucura querer voltar para um sonho porque quero encontrá-lo? Eu quero voltar para a Colônia, pegar meus amigos de lá e embarcar em uma expedição de busca.
No final das contas, acho que acabei de criar um mundo novo onde tenho meus amigos velhos e alguns novos. Onde tenho John.

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